domingo, 5 de junho de 2022

TUDO COMEÇOU QUANDO SETEMBRO CHEGOU: MEMÓRIAS INESQUECÍVEIS DE UM EX-PASTOR (3)

 

FOTO 1 ‒ 08/12/1979, Beberibe, Recife, PE: imposição de mãos pelos pastores presentes à cerimônia de consagração e posse no pastorado da Primeira Igreja Batista de Beberibe. A oração foi feita pelo pastor José Almeida Guimarães.



TUDO COMEÇOU QUANDO SETEMBRO CHEGOU:

MEMÓRIAS INESQUECÍVEIS DE UM EX-PASTOR (3)

 

enivaldo ufino

 

O mês de setembro de 1979 traria novidades, desafios e mais uma mudança radical em minha vida. Além do fato de que o próprio mês é muito significativo e simbólico para mim. Para entender melhor o que afirmo, voltemos um pouco mais ao passado. Cinéfilo que sou desde 1958, quando contava apenas 12 anos e cursava a segunda série primária em Arcoverde, PE, o filme que mais me impressionou em 1962, já aos 16 anos e aluno do Colégio Carlos Rios, foi a comédia romântica “Quando setembro vier” (Come september), estrelada pela italiana Gina Lollobrigida (04/07/1927) e pelo americano Rock Hudson (17/11/1925‒02/10/1985 [59]). O filme me marcou tanto, que vi sua projeção na tela larga do Cine Bandeirante nada menos que seis vezes, coisa que nunca fizera antes. O que mais me atraiu, entretanto, foi a beleza clássica e simétrica da atriz, na flor dos seus trinta e três anos, já que me tornara seu admirador justamente aos 12 anos de idade. A partir do lançamento do filme, o mês de setembro se tornou marcante em minha vida. Tão marcante que encontrei, em 1966, u’a moça monumental numa esquina sem igual [i], em Sertânia, PE, nascida no mês de setembro, com quem casei e constituí família: Joran (abril de 1975) e Raquel (setembro de 1981). E a marca do nono mês do ano se fixou ainda mais quando cheguei à Primeira Igreja Batista de Beberibe, em 1979, quer dizer, quando meu filho estava com apenas quatro anos e cinco meses, e minha filha nasceria dali a exatos dois anos, justamente no mês de setembro.

1. A carta que me deixou na corda bamba        

Cheguei à Primeira Igreja Batista de Beberibe no primeiro domingo de setembro de 1979, dia 02, como seminarista convidado, através de carta, e com vistas ao pastorado. Já estivera lá uma única vez, a convite do então pastor Ramos André, que também foi meu professor no Seminário Batista de Recife. Receberia minha graduação em teologia já em 30/11/1979, e em 1980 começaria o mestrado, ainda no mesmo Seminário. Meu projeto, ao sair de Campina Grande em março de 1975, era continuar os estudos até ao doutorado em teologia, que concluiria aos 40 anos de idade. Ainda comecei, mas não tive condições de ir além dos dois meses, por conta da demanda com igreja e banco.   

O convite que a igreja me dirigiu através de carta, para trabalhar como seminarista, numa “...experiência recíproca” e com vistas ao pastorado, quase me fez desistir por conta dessa pequena expressão. Aquilo me soou meio confuso e dúbio, mas era só impressão minha, pois a experiência de três meses foi muito positiva para os dois lados. Percebi, ainda como seminarista, os pontos de necessidade nos quais deveria fixar minha atenção e esforço. O primeiro seria fomentar liderança local em todas as áreas, desde a financeira até à área de música. Investir na formação de líderes, a fim de que a igreja não mais dependesse dos seminários, a não ser servindo como campo de treinamento para estudantes que de lá viessem. Primar pela reverência durante as celebrações, abrir canal de comunicação com o povo através de boletim semanal, dar início a uma classe de homilética para treinar pessoas para pregar diretamente do púlpito, e, até mesmo, substituir ao pastor em suas ausências, sem necessitar apelar a seminaristas e pastores. A tarefa era gigantesca, mas a disposição era ainda maior, como veremos no momento apropriado.

2. Convite tardio

E nesse meio tempo, quando já estava como seminarista da igreja, recebi convite tardio da Igreja Batista da Torre, também com vistas ao pastorado, quando já completara dois meses em Beberibe. Resolvi deixar a coisa andar, só para saber até onde chegaria. A igreja me dirigiu uma carta muito simpática, com data de 04/11/1979, justificando, inclusive, que os seis votos contrários ao convite foi só pelo fato de que essas pessoas queriam mais tempo para a decisão, com o que a igreja não concordou.

Dias depois a igreja me convida para pregar. Quando chego lá, recebo o boletim, mas não encontro nem o meu nome e nenhum registro com informações a meu respeito. Achei muito estranho que a igreja estivesse me convidando como seminarista, e não fizesse nenhuma menção a respeito no boletim. Nem sequer a própria pessoa responsável pela direção do culto sabia meu nome. Achei tudo muito esquisito, sobretudo quando se trata de alguém que está sendo convidado já com vistas ao pastorado. Minha resposta, em 03/12/1979, a cinco dias da consagração e posse em Beberibe, foi agradecendo e informando da impossibilidade de aceitar o convite. 

3. Seguindo ditames ritualísticos para exercer a função pastoral         

De fato, quem aspira ao pastorado, como era meu caso, precisa estar pronto para os desafios. Sendo assim, deveria me preparar devidamente para a tarefa que me aguardava: ser pastor de uma igreja batista. Depois de sete anos como membro atuante da Primeira Igreja Batista de Campina Grande, de 1968 a 1974, decidi seguir a carreira ministerial no exato dia em que completei 28 anos de idade. A igreja, a cidade, a juventude estadual e a própria Paraíba foram meu primeiro ambiente de treinamento, através de variados cargos que assumi, quer na igreja, quer no campo batista. E a busca pelo preparo teológico e intelectual propriamente dito começou ainda em 1974, quando decidi cursar o bacharelado no Seminário Batista de Recife. O processo foi demorado, pois só ingressaria no ano seguinte, apesar de ainda ter cogitado adiar para 1976, com a chegada do pastor José Britto Barros para liderar a Primeira Igreja. Teria de ser aceito como aluno do Seminário e, ao mesmo tempo, pedir transferência para uma agência do Banco do Nordeste em Recife. Fiz uma carta à Direção Geral do Banco, orientado pelo caro colega e chefe da Seção de Pessoal, João Pessoa de Araújo Pereira. Solicitei que fosse concedida transferência ex-officio, quer dizer, como se não tivesse solicitado, pois só assim teria direito à ajuda de custo para despesas com a mudança. A transferência seria “realizada por imperativo legal ou em razão de cargo ou da função” (Google). E, quase em cima da hora, recebi bilhete da querida colega René informando que a Direção Geral concedera a transferência conforme solicitada. Entretanto, apareceu uma cruzeta, como costumava dizer o mui amado amigo e colega, pastor José Loidimar Cavalcanti (13/09/1945‒30/12/2019 [74]). E que cruzeta foi essa? Foi o próprio gerente do banco, mas gerente substituto, pois o gerente titular jamais cairia numa derrocada dessas. Ora, se o Ato de Transferência era ex-officio, nada se poderia questionar a esse respeito. Mas ele decidiu impedir, uma vez que eu havia solicitado a transferência. Ora, isso foi dito na carta que fiz à Direção Geral, que mesmo tendo solicitado, gostaria que a transferência me fosse concedida ex-officio. E meu pedido foi atendido. Nenhum poder teria chances de revogar o que fora feito, como de fato ocorreu. Tive o privilégio, então, de receber a necessária ajuda de custo, valor imprescindível para minha locomoção até Recife, e, ainda, acompanhado de minha esposa, Cosma, com oito meses de gravidez, de minha mãe, Maria Laura Freire, e de minha sobrinha, Socorro Freire.  

Nesse ínterim, enquanto aguardava a resposta do banco, viajei a Recife para uma entrevista com o Reitor do Seminário, Dr. David Mein, o que ocorreu em 06/09/1974. Ele mesmo me recebeu em seu gabinete, deu as boas vindas, conversou bastante, repassou um Catálogo do Seminário para 1975, devidamente datado e assinado, e pediu para que nós dois orássemos no final. O Dr. David era de uma simplicidade franciscana. Além disso, era muito atencioso e educado. Jamais o vi passar por um aluno e não cumprimentar. Tive, ainda, o privilégio de fazer disciplinas com ele, e não só isso, como veremos mais adiante.      

É necessário seguir certos rituais para exercer a função de pastor. O curso de teologia é um deles. É recomendado, mas não obrigatório. Quer dizer, alguém pode chegar a ser pastor sem frequentar um seminário. Outro ritual é o da arguição a ser feita em data determinada pela igreja, conhecida como exame para o ministério. Pastores são convidados, através de carta, a formar um concílio, que escolherá o examinador e outros para preencher determinadas funções posteriores, caso o candidato seja aprovado. Tal escolha só ocorre no dia do exame. Quer dizer, até lá não se sabe quem irá ocupar, por exemplo, a função de examinador nas diversas áreas: teologia (sobre Deus), cristologia (sobre Cristo), pneumatologia (sobre o Espírito Santo), eclesiologia (sobre a igreja), administração eclesiástica, e assim por diante. Além do saber acumulado durante os cinco anos de curso e a experiência antes de chegar ao Seminário, o candidato precisa estudar bastante até o exato dia da decisão final. Mas, o que estudar? Todos os assuntos relativos a todas essas áreas específicas do saber teológico. Trata-se de um momento decisivo na vida de quem aspira ao ministério pastoral. Chega até a amedrontar, pois nem se sabe o que estudar. E o candidato pode ser examinado antes mesmo de concluir o curso, o que não foi o meu caso.

Já sob a orientação de seu seminarista e futuro pastor, a Primeira Igreja Batista de Beberibe toma todas as providências cabíveis para agilizar os passos a seguir. Entre as cartas emitidas, algumas são dirigidas aos pastores batistas, convidando-os ao encontro do exame, à futura consagração e posse no pastorado da igreja, caso o candidato seja aprovado. O Seminário cede uma de suas muitas salas, atendendo ao pedido da igreja, feito através de carta. E na data determinada, ocorre o concílio. São escolhidos os nomes para compor as diversas funções, tanto as do momento, quanto as do futuro próximo, com a consagração e posse do candidato. Para minha surpresa e alegria, o nome escolhido para examinador foi o do próprio Reitor do Seminário. Doutor em brevidade e pragmático que era, David Mein me arguiu apenas com questões práticas, deixando as profundidades teológicas de lado e tratando de assuntos e problemas do dia-a-dia da vida do pastor. Lembro-me de uma das perguntas feitas, ainda, e, ao rememorar esse momento tão significativo, chego até a escutar sua voz mansa, educada, simpática, iniciando com a expressão que lhe era característica: ‒ “O irmão é bancário e, como tal, precisa dedicar tempo ao trabalho secular. A igreja também requer muito tempo do pastor. O que pretende fazer diante de tal impasse?” E naquele ambiente agradável de descontração, fui aprovado no exame e direcionado ao próximo passo, que seria a consagração e posse no pastorado da igreja.  

4. Beleza da festa de consagração e posse apesar do inusitado impasse         

Os preparativos para a festa de consagração e posse estavam avançados. As próprias pessoas da igreja se encarregavam de cuidar dos principais detalhes, a fim de que tudo ocorresse dentro da normalidade e da exiguidade do tempo disponível para tal. O próprio culto teria seu tempo cronometrado, inclusive primando pelo início à hora prevista. Foram convidados para a ocasião, além dos pastores, o conjunto coral e o quarteto masculino da Igreja Batista da Capunga, onde eu trabalhara como seminarista durante mais de três anos. O coral da Primeira Igreja Batista de Beberibe também participaria da festa. Quer dizer, o evento estava muito bem servido não apenas em termos musicais, mas em todos os demais aspectos. E, seguindo com precisão o ritual requerido para tal momento, o pregador da ocasião seria o jovem pastor Amauri Munguba, proveniente de Brasília para fazer o curso no Seminário, e que foi meu colega durante os cinco anos do bacharelado. A Bíblia seria entregue pelo pastor Harald Schaly, professor de hebraico. A imposição de mãos e consagração ao ofício esteve a cargo de todos os pastores presentes, sendo que a oração de consagração seria feita pelo pastor José Almeida Guimarães, professor de filosofia.  O pastor e missionário Charles William Dickson, professor de homilética, desempenharia duas funções: representaria o Seminário e faria a oração de posse. Contamos, ainda, com uma ilustre presença: a de Jeremias Bento da Silva, proveniente da igreja que me indicara ao Seminário, Primeira Igreja Batista de Campina Grande. Repassou uma Bíblia de presente ao novo pastor. E tudo estava estritamente cronometrado para que desse tempo de realizar tanta coisa em tão pouco tempo.

A juventude da igreja estava em efervescência com a chegada do seu novo líder. O mesmo ocorria com as demais faixas etárias, desde as crianças até aos adultos. Ainda mais pelo fato de que o candidato ao pastorado já passara por três longos meses de “experiência recíproca”. Mas eis que entre os jovens havia um que queria presentear ao novo obreiro de maneira diferenciada, criativa e até marcante, mesmo que também fosse extremamente delicada e até inapropriada. Resolveu convidar uma cantora, que se apresentava em encontros de jovens e outros, para abrilhantar a festa de consagração e posse, como uma espécie de presente ao futuro pastor, mas um presente secreto. Havia três diáconos na igreja, e o diácono Francisco Dias, que era também tesoureiro, com toda sua rica experiência e sabedoria, aconselhou o jovem a falar com o homenageado, antes de convidar a cantora. Só que quando ele apareceu para falar comigo, já convidara a moça para cantar. Disse-lhe que a programação já estava pronta e que não comportaria mais acréscimos. Falei, ainda, que o melhor presente que poderia receber dele seria sua presença no culto. Soube, depois, que o rapaz reservara outro espaço, em outro local e no mesmo horário do culto, para a apresentação musical da cantora. Aquele foi o primeiro impasse no ministério pastoral, antes de assumir o ministério propriamente dito.

5. A convicta opção pela comunidade         

Impasses são muito comuns na experiência de um pastor. Alguns deles ocorreram quando fiz a convicta opção pela comunidade. Minha intenção era sair do apartamento que ocupava no Seminário, desde março de 1975, diretamente para um local no próprio bairro de Beberibe, a fim de ficar mais próximo do povo, o que só foi possível graças à cooperação de alguns membros da igreja que se empenharam em conseguir uma casa para alugar. Foi uma decisão sábia, tomada através da convicção de que faria melhor lá no bairro que longe de lá, sobretudo pelas responsabilidades com o banco e com o mestrado que se iniciaria em 1980. Seriam três responsabilidades de peso e que me tomariam bastante tempo. Portanto, nada melhor que fixar residência no próprio bairro. E assim foi feito. Na próxima publicação conheceremos todos os lances dramáticos da escolha de fixar residência em Beberibe.

 

 GALERIA DE FOTOS

FOTO 2 ‒ 1961: Gina Lollobrigida (Subiaco, Itália, 04/07/1927) em intervalo de filmagem da comédia romântica “Quando setembro vier” (Come september), que lhe valeu o Globo de Ouro como atriz preferida do mundo.
FOTO 3 ‒ 30/11/1979, Igreja Batista da Capunga, Recife, PE: recebendo o diploma de bacharel em teologia diretamente das mãos do Reitor, Dr. David Mein.
FOTO 4 ‒ Sem data, Biblioteca do Seminário, Recife, PE: Dr. David Mein na inauguração da nova Biblioteca. Como homem devotado à educação e ao ensino teológico, costumava dizer: “A Biblioteca são os pulmões do Seminário”.
FOTO 5 ‒ 1993, Beberibe, Recife, PE: o templo onde se reúne a Primeira Igreja Batista de Beberibe é, ao mesmo tempo, simples, sóbrio e imponente.
FOTO 6 ‒ 08/12/1979, Beberibe, Recife, PE: o jovem pastor Amauri Munguba foi o pregador da mensagem oficial.
FOTO 7 ‒ 08/12/1979, Beberibe, Recife, PE: o Coral da Igreja Batista da Capunga, onde servi como seminarista durante mais de três anos, marcou sua presença no momento, sendo regido pela Dra. Lourdes Nogueira.
FOTO 8 ‒ 08/12/1979, Beberibe, Recife, PE: outro momento de participação do Coral da Igreja Batista da Capunga.
FOTO 9 ‒ 08/12/1979, Beberibe, Recife, PE: oração pelo pastor e missionário Charles William Dickson.
FOTO 10 ‒ 08/12/1979, Beberibe, Recife, PE: o pastor e professor Charles William Dickson também representou o Seminário Batista.
FOTO 11 ‒ 08/12/1979, Beberibe, Recife, PE: a entrega da Bíblia esteve a cargo do pastor Harald Schaly, professor de hebraico.
FOTO 12 ‒ 08/12/1979, Beberibe, Recife, PE: Jeremias Bento da Silva representou a Primeira Igreja Batista de Campina Grande, repassando a Bíblia oferecida pela igreja ao novo pastor.
FOTO 13 ‒ 08/12/1979, Beberibe, Recife, PE: o recém-consagrado e empossado pastor encerra as atividades festivas impetrando, pela primeira vez, a bênção apostólica.
FOTO 14 ‒ 1979, Monte dos Guararapes, Recife, PE: cheguei à Primeira Igreja Batista de Beberibe em minha Brasília branco gelo 1978. Aqui, ao lado do meu irmão Reginaldo Freire, que nos visitou naquele ano, e do meu filho Joran, fazendo turismo em um lugar histórico de Pernambuco.
FOTO 15 ‒ 14/02/1979, em frente ao prédio da Sudene, Recife, PE: detalhe da Brasília, quando fiz a primeira longa viagem, até Fortaleza, CE, a fim de visitar irmãs, irmãos e parentes de minha sogra, dona Isabel.
FOTO 16 ‒ 29/01/1981, Pesqueira, PE: da esq. p/dir.: Cosma Grande, Joran, Cosma e o dono da Brasília. Ao fundo, a monumental Serra do Ororubá e a chaminé da fábrica.
FOTO 17 ‒ 1979, Ringideira, Monteiro, PB: a Brasília toda empoeirada por conta das estradas de terra, em frente à casa de taipa do meu tio Jorge Rufino, a quem sempre visitávamos.

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GALERIA DE DOCUMENTOS

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FOTO 18 ‒ 07/10/1968, Campina Grande/PB: telegrama endereçado à minha mãe, Maria Laura Freire Santos, em Sertânia, PE, comunicando minha decisão pública, no dia anterior, para seguir o cristianismo batista: “Com imensa alegria e júbilo anuncio boas novas: sou crente”.
FOTO 19 ‒ 06/09/1974, Recife, PE: catálogo do Seminário para 1975, que me foi repassado pelo Dr. David Mein, após a entrevista.
FOTO 20 ‒ 06/09/1974, Recife, PE: contracapa do catálogo, onde anotei minhas impressões sobre o encontro com o Reitor do Seminário.
FOTO 21 ‒ 06/09/1974, Recife, PE: detalhe da assinatura do Dr. David Mein na primeira página do Catálogo do Seminário para 1975.
FOTO 22 ‒ 27/06/1979, Recife, PE: carta-convite da Primeira Igreja Batista de Beberibe para “experiência mútua” com vistas ao pastorado.
FOTO 23 ‒ 30/08/1979, Recife, PE: minha resposta ao convite da Primeira Igreja Batista de Beberibe para trabalhar como seminarista e com vistas ao pastorado.
FOTO 24 ‒ 31/10/1979, Recife, PE: carta-convite aos pastores batistas para o exame do candidato, que seria procedido às 15h00 do dia 15 de novembro daquele ano.
FOTO 25 ‒ 31/10/1979, Recife, PE: carta ao programa “A voz batista”, contendo convite para a cerimônia de exame do candidato.
FOTO 26 ‒ 31/10/1979, Recife, PE: carta solicitando sala ao Seminário, com vistas à realização do exame do candidato ao pastorado.
FOTO 27 ‒ 04/11/1979, Recife, PE: carta da Primeira Igreja Evangélica Batista da Torre, com convite para ser “o futuro pastor da igreja”.
FOTO 28 ‒ 11/1979, Recife, PE: convite “para a cerimônia de imposição de mãos e posse” no pastorado da Primeira Igreja Batista de Beberibe.
FOTO 29 ‒ 03/12/1979, Recife, PE: minha resposta ao convite formulado pela Igreja Batista da Torre, com vistas ao pastorado.
FOTO 30 ‒ 30/11/1979, Recife, PE: programa de formatura do Seminário.
FOTO 31 ‒ 30/11/1979, Recife, PE: programação da formatura.
FOTO 32 ‒ 30/11/1979, Recife, PE: relação de docentes do Seminário Batista de Recife.
FOTO 33 ‒ 30/11/1979, Recife, PE: relação dos bacharéis em teologia.
FOTO 34 ‒ 30/11/1979, Recife, PE: bacharéis em música sacra.
FOTO 35 ‒ 30/11/1979, Recife, PE: bacharéis em três outras áreas.
FOTO 36 ‒ 09/03/1980, Recife, PE: carta de recomendação ao mestrado em teologia, que terminou sendo interrompido por conta da demanda que estava demasiada. Só retornei em 1993, quando já estava pedindo exoneração do pastorado para retomar os estudos.


[i] E para celebrar o primeiro dia de namoro com a “moça colossal” a quem vi pela primeira vez naquela “esquina sem igual”, elaborei o seguinte arremedo de poesia, de conteúdo romântico e título um tanto esquisito:


QUINTA, QUINZE, DOZE, MEIA, MEIA


Previsões benéficas se me aconteceram

Neste quinze, quinta, doze, meia, meia.

Foi o bom destino traçando sua teia,

Dando rumo certo à minha triste vida...

Ofertando a mim teu coração, querida!


Célere, porém, o tempo vai fugindo,

Não de mim, nem de ti, meu grande amor,

Mas de si próprio, talvez só por temor

De saber que nunca jamais conseguirá

Por um só momento de ti me separar.


A ambiguidade da vida pouco importa,

Porque, para nós, ela será sempre bela!

Será assim como uma maravilhosa tela

Onde, em elo uníssono, expressa o pintor

A perfeição divina de um grande amor.