1958
‒ Arcoverde, PE: Nicoláu (53) ao lado de Maria (47), que se recupera de
delicada cirurgia de vesícula, sob os cuidados do competente doutor Jennecy
Ramos.
PAI HOMENAGEADO E COMPARTILHADO AOS
115 ANOS DO NASCIMENTO
Reginaldo
Freire [1]
Nicolau
Rufino dos Santos (06/12/1906-04/02/1966) comemoraria nesse encontro de dia e
mês (06/12/2021 [2]), exatamente 115 anos. Prematuramente,
o mal que o perseguia desde cedo terminou descartando da vida uma peça que fez
muita falta à família. Estava com apenas 59 anos quando se afastou do seu
posto, tão bem administrado enquanto viveu.
Em vida, minha admiração por ele e pelas façanhas que passava à família,
sempre no horário das ceias, era como um jornal de televisão, exceto pelas
qualidades inigualáveis das narrações. Ao vivo, era uma repetição de caráter
que mudava apenas no enredo dos casos. O lado pessoal, nem o tempo conseguiu
desgastar uma vírgula sequer das suas confirmações. Com o tempo foi descoberto
o seu conhecimento em áreas conquistadas. Era, na verdade, um autodidata,
aprovado nas mais estranhas missões ocupadas.
Fiquei devendo o último
abraço [3], pois partiu para sua eterna morada
quando eu já havia partido há um ano para São Paulo, na busca de melhores
ofertas de trabalho. A falta que ele fez só não foi maior porque não me
passava pela cabeça que só o tempo traria a resposta. A resposta se encontra em
parte das qualidades que herdamos dele. Concordâncias e discordâncias sempre
tecendo médias, para que no final das equações saíssemos de braços dados
confirmando um jeito especial de uma vitória duradora.
Para finalizar o que imagino sem fim, parabenizá-lo pelos 115 anos entre
vida e morte, não faço ideia que expressões usar para preencher tão nobre
sentimento. Pai, ainda estamos juntos reverenciando o espaço que poderia se
dizer vazio, não fosse a união das lembranças em comunhão com a saudade. De
todos, para um herói que ainda faz muita falta.
*****************
Renivaldo
Rufino
texto corrido [4] numa
mistura de estilo do latim antigo e de josé saramago [5]
se como
leandro karnal [6] eu fosse
escrever para homenagear reclamar e agradecer a meu pai e minha mãe parte seria
bem diferente do texto dele pois nasci e me criei em berço humilde em pleno
sertão sem dias especiais nem mesmo aniversários dia de pai ou dia de mãe natal
ou o que quer que seja aliás a bem da verdade só se tinha mesmo o mês de meu padim pade ciço que um dia foi comemorado pelo meu pai como quitação de uma promessa em uma viagem inesquecível à cidade de juazeiro justamente no misto em uma aventura que até hoje permanece em nossas mentes sobretudo pelo fato de que ele adoeceu quando lá estávamos e quando eu também tive a minha primeira experiência de petição à divindade ao avistar o nome deus em letras maiúsculas no cimo de uma igreja católica por outro lado e mesmo sem contar com tantos dias especiais tivemos um pai e u'a mãe que foram símbolos marcantes em
nossa vida que deram tudo de si para sustentar com dignidade cinco filhos e uma
única filha num grande conjunto formado de oito pessoas em que quatro deles os
três últimos filhos e a filha só tiveram acesso aos estudos tardiamente mas
apenas três deles e ela pois os outros dois e o pai já foram dar duro em cima
de um caminhão misto rodando para lá e para cá a fim de angariar sustento para
oito bocas enquanto a mãe também dava duro para manter a casa em ordem filhos e
filha que também foram orientados por uma rígida disciplina coincidentemente
mais dura da parte dela do que da parte dele que tiveram uma adolescência
tranquila e sem traumas marcantes e cuja única grande herança que me sobrou a
mim pelo menos foi um pequeno arremedo ou apito de madeira para chamar nambu na
caatinga um desgastado exemplar do novo testamento e o saber de uma formação
que foi apenas até ao final do curso ginasial na linda e pequena cidade de arcoverde
pe mas um pai e u'a mãe cuja memória é relembrada com redobrado carinho devoção
e profundo agradecimento por tudo de positivo e construtivo que legaram a essas
seis vidas [7]
que ainda hoje vivem lutando pela vida com muita garra determinação e alegria o
mais velho com 85 e a mais nova com 73 anos de idade
[1]
Esta é a segunda vez que compartilho este espaço do Blog com meu irmão
Reginaldo Freire.
[2] As
publicações no Blog saem aos primeiros domingos de cada mês, exceto esta em
homenagem ao aniversário de nascimento de meu pai.
[3]
Quando Nicoláu morreu, na casa de Raimundo, em Sertânia, Geraldo e Reginaldo já
se encontravam tentando a vida em São Paulo.
[4] A
cadência da leitura indicará, automaticamente, os locais dos sinais gráficos
que estão ausentes.
[5]
Este texto foi publicado no meu Whatsapp em 08/08/2021, por ocasião do Dia dos
Pais, porém não nesse formato. Quem já leu José Saramago conhece muito bem o
seu estilo diferenciado. Quanto ao latim antigo, os caracteres eram todos em
minúsculas, sem pontuações e sem sinais gráficos.
[6]
Leandro Karnal escreveu um texto intitulado: “Todos os meus pais”. Foi a partir
dele que me inspirei e produzi este
artigo.
[7]
Eis a relação completa da descendência imediata de Nicoláu Rufino e Maria
Freire: (1) José Rufino Freire, ou Duza
[20/09/1936], (2) Raimundo Rufino Freire, ou Mundinho [21/05/1938], (3) Geraldo Rufino Freire, ou Dadinho [06/07/1941], (4) Sebastião
Reginaldo Rufino Freire, ou, originalmente, Reja,
e Regi nos dias atuais [03/03/1943],
(5) José Renivaldo Rufino, ou, originalmente, Rena, e, mais recentemente, Reni
[29/03/1946] e (6) Luzia Maria Freire, ou Luza
[14/11/1948]. Se Nicoláu viveu apenas 59 anos, Maria ultrapassou os 81. Os dois
primeiros filhos também já atingiram e ultrapassaram os 81 anos.
Parabéns ao Compadre Nicoláu por seu aniversário, faz muita falta entre familiares e amigos. Orgulho pelos seus filhos são aplausivos e confiáveis por todos que os conhecem como também por mim,terceira geração de seu compadres,amigos,conterrâneos, João Cabrinha e Rubina.
ResponderExcluirFelicidades no plano celestial
Felicidades pelos bons exemplos de seus filhos e netos.
Como diz o meu irmão Tontonho, sobre o respeito e carinho por Duza, não só ouvimos como devemos obedece - lo sendo ordens de um delegado, e assim seremos capazes sempre.
ResponderExcluirMas também ouvir, obedece - lo, reverenciar o grande gandhi matutinho de Carolina José Renivaldo, um amigo - parente que se pode contar com ele sendo positivo em nosso favor até dormindo, ele tem voz ativa, tem carisma de abraçar mesmo que distante fisicamente de uma forma que nada mudou quando adolescente em Caroalina, um grande gandhi que dá vida quando é acionado pelo desânimo, um gênio que me orgulho em conhecer, poder ser ouvida e vista, orgulho imensurável pois esse grande gandhi matutinho de Caroalina além de ter genética Freire assim como a minha avó materna é,
ELE me abraça como amiga e sobrinha de coração, quão importante orgulho pela alegria de minha mãe Mariêta como também pela alegria de Duza em saber que seu irmão honra os bons costumes que vosso pai tinha por Compadre João Cabrinha e Rubina
PARABÉNS pela belíssima homenagem
ResponderExcluirGratidão a DEUS por ter nos presenteado com nossos pais.Nicolau Rufino Santos e Maria Laura Freire Santos.Deram o melhor deles para nós.Pai a palavra dele era sim, sim e não, não. Homem íntegro de fé.Nunca chamou um filho pelo apelido. Me chamava Luzia, nunca Luza. Sou muito parecida com ele. Agora ele está usufruindo às bem aventuranças de Jesus. Privilégio em estarmos vivos, unidos e agradecidos pela família maravilhosa que somos.
ResponderExcluir🥰😘😘
ResponderExcluirMaravilhas estás recordações. Deus abençoe cada familiar.
ResponderExcluirPrecisamos valorizar cada vez mais a convivência com todos, mas a família, os Pais são jóias preciosas que temos e essa homenagem ao Pai Nicolau é muito justa.
ResponderExcluirUma belíssima homenagem!
ResponderExcluirÉ muito importante manter viva a lembrança e valorizar cada um dos momentos vividos, agradecendo pelos ensinamentos que nos serviram de base para enfrentar as dificuldades da vida.
Meu pai também partiu cedo, aos 58 anos.
Ô saudade!
Um forte abraço, meu amigo.
Poucas e ou raríssimas homenagem eu vi com tanto, amor, carinho e gratidão de um.filho para os pais...
ResponderExcluirBelíssima e de um sentimento profundo e verdadeiramente sincero e leal.
Quando você falou em Dr.Gennevy, lembrei que eu tinha 9 anos, quando ele operou mamãe de vesícula. Ela deve a vida a ele, que após a cirurgia teve uma hemorragia interna e ele abriu a cirurgia novamente e salvou ela da morte. Grande médico. Eu era criança, porém nunca esqueci esse milagre!
Parabéns e nota dez pelo seu depoimento, meu caríssimo amigo.
Adotei os fatos, os detalhes e as nuances...👋👋👋👋👍🌹
Um bom filho, a prova da vida e bom saber que como eu vc teve uma vida muito mais muito difícil e hoje colhe os frutos com bons textos, parabéns amigo
ResponderExcluirGRATIDÃO! Eis uma virtude que caiu de moda, mas na vida de Renivaldo nunca diminuiu seu valor. Conheci Renivaldo quando éramos jovens ousados e, como jovens que tinham no sangue a estirpe de pais e mães pobres de bens materiais mas ricos de caráter e coragem percorremos os rincões paraibanos e, juntos com um grupo de jovens criamos a JUBAIBA, já bem conhecida pelos que seguem "Renivaldo Refino, nas redes sociais.
ResponderExcluirMeu querido irmão e amigo, GRATIDÃO é o que temos aos nossos ancestrais e GRATIDÃO é o que tenho a Deus, por tua vida, família e tua força. Um abraço forte.Eliezer Lourenço.